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13/08/2012

Poesias escondidas no quintal dos meus dias




POESIAS ESCONDIDAS NO QUINTAL DOS MEUS DIAS


( Arnoldo Pimentel)





Hoje faço uma homenagem a minha amiga do Grupo Gambiarra Profana e da Folha Cultural Pataxó, cujos blogs podemos encontrar trabalhos da Rosilene. Sempre amiga, tenho muito a agradecer a Rosilene a apresentação do meu livro Nuvens. A poesia da Rosilene já diz por si só o grande talento que ela tem.



Rosilene Jorge dos Ramos, nasceu no dia 30 de junho de 1978 no bairro São Cristovão, cidade do Rio de Janeiro, mas foi criada na Baixada Fluminense, morou em São João do Meriti RJ, estudou em Nilópolis RJ e andou muito por Nova Iguaçu RJ, hoje mora em Casimiro de Abreu RJ, onde atua como professora da rede municipal onde vive e do município de Macaé RJ.
Participa da Folha Cultural Pataxó e do Gambiarra Profana. Em 2000 teve algumas poesias de sua autoria publicadas em um livro coletivo, intitulado “O Pão e a Fome”.
“Poesias Escondidas no Quintal dos Meus Dias” é o primeiro livro de poesias de Rosilene e é editado pela Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó.


ADORNO

Hoje pus flores no cabelo.
Não imaginava causar tanto frisson.
Olhares desviados,
Elogios delicados,
Sorrisos frouxos em minha direção.

Hoje só pus as flores no cabelo
Para dizer que o inverno chega,
Que a primavera não acaba,
Que é preciso parar de chorar.

Hoje pus flores no cabelo
Para secar as lágrimas,
Sorrir com o outro,
Comemorar o sonho,
Espalhar sorrisos,
Dizer que há dias bons.
Hoje pus flores no cabelo
E de maneira simples
E não intencionada
Denunciei o que está em mim.

EU E OS OUTROS, OS OUTROS MAIS EU E UM OUTRO EU

O olhar do outro me reprova.
O olhar do outro me incomoda.

Que merda são os outros!

Todos os olhos
Censuradores, acusadores, nunca culpados.

Os outros sempre fodem com agente.
E eu, enquanto outros, também fodo com os outros?

E se fosse só eu...
Como seria eu?
Haveria um eu?
Eu existiria sem os outros?

EM DOIS

Dividiram-se ao meio desde que nasci:
Olhos do pai, a cara da mãe.

Um corpo e uma alma.

Negaram-me a alma.
Disseram que não era minha.
Destituíram meu corpo.
Disseram que não prestava.

A alma tinha de voltar para o dono
E o corpo devia morrer
Para salvar a alma que prestava,
Mas que nunca me pertenceu,
Nem me pertenceria.

O que sou então?
Um corpo sem alma?
Uma alma sem corpo?

O que sobra para sentir?
O que sobra pra saber?





Para adquirir o livro “Poesias Escondidas no Quintal dos Meus Dias”
Da Rosilene Jorge dos Ramos entre em contato: passe o mouse abaixo e aparecerá o link.



5 COMENTÁRIOS:

Portal de blogs Teia

Olá.
Gostei muito do blog,parabéns.
Quer fazer parte do Portal Teia,se quiser é só nos fazer uma visitinha.
Te espero lá.

Anônimo

Anne! Mais belas poesias. A primeira lembrou-me o poder das flores. A segunda lembrou-me do velho e bom provérbio: pimenta no olho do outro é refresco. Beijos!

Arnoldo Pimentel

Muito obrigado Anne por divulgar o trabalho da Rosilene Ramos, parceira da Gambiarra Profana e Folha Cultural Pataxó.

Sergio-SalleS-oigerS

Bacana! Nós da Gambiarra Profana nos sentimos homenageados com este post. Aliás já compartilhado na página da Gambiarra Profana no Facebook.

Fabiano Soares da Silva

Bacana mesmo!!! um abraço Arnoldo!!!

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