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10/04/2014

Autoencontro


Autoencontro.
(Rosemildo Furtado)




Hoje, eu me sinto como um pássaro,
Que voa a esmo em busca de um ninho,
Sem ter nada que possa lhe dar amparo
E tem por sina, sempre viver sozinho.

Hoje, eu me sinto como uma borboleta,
Que vagueia triste num jardim sem flor.
Sempre alerta, ou o espinho lhe espeta,
Mostrando as garras do seu desamor.

Hoje, eu me sinto como uma noite triste,
Sem brilho, opaca, chuvosa e muito fria.
Onde no céu, uma única estrela não existe,
Tornando-a sem graça, nefasta e sombria.

Já não sei quem sou, me perdi de mim,
Busco-me, estou sempre a me procurar,
Quem sabe, eu encontre alguém, e assim,
Me ache, e por fim, possa me encontrar.


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3 COMENTÁRIOS:

chica

Rosemildo sempre bem inspirado e bom vê-lo aqui também! abração aos dois, lindo dia! chica

Beatriz Bragança

Querida Anne
Há dias em que nos sentimos assim:um pássaro, uma borboleta, uma noite triste!
Depois de lermos Rosemildo, ficamos mais felizes! Belo poema!
Parabéns ao autor.
Obrigada,Anne.
Beijinho
Beatriz

Rosemildo Sales Furtado

Oi Anne! Sinto-me bastante honrado em ver uma das minhas baboseiras figurando em tão belo e importante espaço. Muito obrigado de coração.

Agradeço sensibilizado as amáveis palavras nos comentários das amigas Chica e Beatriz.

Beijos e um ótimo final de semana para ti e para os teus.

Furtado.

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