Lá vai ela, pobre menina
de cabelos sujos ao vento,
não conhece a alegria
só tristeza e sofrimento,
Sem endereço, sem nome
nem mesmo um pensamento
é andarilha das ruas
mata a fome do silencio
Não tem ponto de partida,
nem sabe de onde vem,
coitada entregue a sorte
e sorte, ela não tem
Quem sois menina, que fazes?
-não sou nada, nem ninguém
sou filha apenas do dia
e das noites frias também...
Sou uma semente gerada,
de máquina sem coração
dum produtor sem valia,
sou fruto da violação...
Meu pai é a miséria,
minha mãe sobrevivência,
a vida que assim me diz
se para alguns a inocência,
para outros meretriz...
(Livinha,27/setembro/2008)
Antes quero gradecer a Anne Lieri e a amiga Luconi
a oportunidade de aqui repostar alguns
de meus versos Palavras e Poemas, aberto
a receber a quem queira visitar:
3 COMENTÁRIOS:
Querida amiga, perdoa a demora em vir, mas tive problemas com o meu trabalho e não entro na net tem dois dias. Livinha não podia ter feito melhor escolha, neste poema voce nos mostra de uma forma muito bela, a realidade de tantas e tantas meninas que assistem seus sonhos se desmancharem como bolhas de sabão,da alegria e inocência para a tristeza e desilusão, parece que tudo para elas e negado, lindos versos, reais e muito tristes, beijos e seja bem vinda, gosto muito de ti, beijos Luconi
Um modo de viver, olhar afiado, aguçado sobre o mundo. Assim é a poesia e o poeta. Gostei muitíssimo. Meu abraço à autora e à blogueira!
Livinha,uma honra receber aqui sua linda poesia!Volte sempre para enriquecer esse Recanto com essas belas poesias que escreve!Bjs,
Postar um comentário