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20/09/2011

Recanto entrevista Lucas Durand





 RECANTO ENTREVISTA LUCAS DURAND
( Anne Lieri)

Nosso entrevistado de hoje nasceu em Araujos, Minas Gerais.


Bem humorado,se diz pequeno até hoje!


Tem diversas publicações e resolveu acordar o gênero faroeste que muito aprecia!



O entrevistado de hoje é nosso amigo do Recanto das letras: LUCAS DURAND.( disfarçado como cantador de moda de viola,outro de seus dons artísticos)


Aqui o verdadeiro Lucas Durand!



 Recanto — Lucas, onde você nasceu? É casado? Conte um pouco de sua vida atual.

Lucas — Dizem (pois não me lembro) que foi em Araújos, Oeste de Minas Gerais. Rsss. Casado: já fui... Sempre gostei de declamar poesias na escola, sempre gostei de ler e muito e sobre tudo, principalmente, mitologia, esoterismo, ocultismo, paranormalidade, história, etc., tentando encontrar o “princípio do começo” sobre a vida e as civilizações. Tento viver na maior simplicidade possível e não deixar o mundo me engolir com esse consumismo maléfico. Tenho comigo, que, quanto maior um exército, mais inimigos se tem. Então, é melhor viver mais modestamente e em paz, não se precisa de muito para viver com dignidade.


Minha infância se passou quando eu era criança,pequeno( risos)...


Recanto — Como foi a sua infância. Fale dessa fase de sua vida.

Lucas — Minha infância se passou quando eu era criança, pequeno (risos)... aliás, menino, pois pequeno sou até hoje, apenas 1,65 de baixura. Araújos, na época pequena, ruas de terra, (hoje uma linda cidade, com avenidas e ruas retas, asfaltadas e outras calçadas), aquelas mesmas brincadeiras de toda cidade interiorana, todo tipo de brincadeiras inerente a uma cidade pequena e uma vida pacata. Depois, colégio de padre e cidade grande, BH. MG.


Um dia tirei da gaveta um poema....e mandei para a CBGE: poesia A Mendiga.Selecionada entre 5400 inscritos na 5ª Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos,edição 2004.


Recanto — Quais são seus livros publicados e por que escolheu o gênero faroeste para escrever?

Lucas — Sempre gostei de escrever. Um dia tirei da gaveta um poema, escrito há décadas e mandei para a CBGE: poesia A MENDIGA. Selecionada entre 5.400 inscritos na 5ª Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, edição 2004. Reeditada em 2005, pela mesma editora no livro: Panorama Literário Brasileiros; “As 100 melhores poesias da CBGE”. Daí, criei coragem em comecei a mandar meus escritos para editoras. Editora Del Leon; ALGUMAS FICÇÕES, contos... 2008, Lucas Durand, três contos meus: Eu sou a morte 1, 2 e 3. Pela Editora PROTEXTO, meu primeiro faroeste, POR UM BEIJO, APENAS, como Allan Foster. Pela Virtual Libri, em DOWNLOAD  faroeste: O XERIFE DE PARADISE CITY, como J. G. Hunter e o romance AS MENINAS DE BIA, como Lucas Durand... depois, pela Virtual Books, outro faroeste: O RETORNO DE HUSTIN, como J.G.Hunter.
Sempre gostei de livros e filmes de espionagem, policiais e faroeste... e por não haver de alguns anos para cá lançamentos de livros de faroeste, resolvi acordar os saudosistas do gênero com minhas modestas histórias sobre o Velho Oeste.

A MENDIGA
            

Lucas Durand


Trêmula, indecisa, suja, em vão suplica

As migalhas de favor, o resto ou sobra

De porta em porta em vão a mão estica

E se atiram algo, ao agradecer se dobra.


O filho chora, em frágeis e enrugados braços

Que o balança, e a mãe ao seio o ajusta

Tem ele como a mãe: destino e traços

Que entre babas e suor não mais soluça.


Mostra, os poucos e sujos dentes que ao sorrir

Olha para o filho: qual será seu futuro?

E para seu soluço, sempre um pão velho e duro.


E afaga o que lhe resta na vida ao peito

E com molambos a terna mãe o filho cobre

Como se ser pobre, também fosse um defeito...


Fim.



Recanto — Dos seus livros qual é o preferido?

Lucas  — Sou suspeito para indicar um deles. Cada história terminada é como o fim de uma gestação, um parto literário. O leitor é que é o dono da verdade sobre o que escrevemos.



Recanto — Que dificuldades você enfrentou para a publicação do livro?

Lucas — Enquanto não se fica um pouco conhecido e mesmo depois disso é difícil editar um livro. É um caminho lento é árduo. Quem gosta de escrever, escreve mais por prazer do que por recompensa monetária ou glória. É um vício!



Recanto — Como tem divulgado seus livros, como tem sido a receptividade e quais as dificuldades que vem encontrando?

Lucas — Eu divulgo na NET, nos meus emails, presenteio exemplares para amigos(as), coloco em bancas e os amigos (como você e muitos outros) também colaboram e muito com a divulgação na NET e em seus sites e eu agradeço de coração aos amigos virtuais. Quem já leu, gostou. Recebo muitos emails e postagens na NET elogiando meus escritos. Mas um autor não muito conhecido seus livros ficam meio de lado em pontos de vendas.





Recanto — Você tem algum autor ou livro preferido? Qual?

Lucas — Sim! Adoro Kent Follet, (suas tramas de espionagem internacional), um excelente autor, e meu maior ídolo falecido há pouco tempo, SIDNEY SHELDON; A HERDEIRA, O REVERSO DA MEDALHA, UM ESTRANHO NO ESPELHO, A OUTRA FACE, entre outros...

...sempre escrevi a vida inteira e estou sempre reformulando meus escritos...


Recanto — Você tem algum projeto para um novo livro? Pode nos contar?

Lucas — Eu tenho vários livros escritos e engavetados, sempre escrevi a vida inteira e estou sempre reformulando meus escritos, podando, esmerilando para um dia tentar editá-los e escrevo novas histórias, por vezes, escrevo duas ou mais histórias ao mesmo tempo. E vamos levando a vida assim...

...acho que meu coração nunca bateu,sempre apanhou.


Recanto — Agora é o momento “Marilia Gabriela” onde eu falo uma palavra e você responde.

Música preferida — La Barca.

Amor — No amor acho que meu coração nunca bateu, sempre apanhou. Eu me entrego totalmente e isso nos faz uma marionete em mãos erradas. (risos) Meu grande amor agora é a escrita, por enquanto...

Poesia — DIAS DAS MÃES, de Giuseppe Ghiaroni. Mineiro de Paraíba do Sul, grande poeta e jornalista.

Sonho Até agora só tive pesadelos. (risos)

Cor — AZUL—CALCINHA (risos)

Animal — Todos.

Recanto — Onde as pessoas podem encontrar você? Deixe o link.

 Lucas — Recanto das letras


Recanto — Para finalizar deixe uma frase de vida, um pensamento que você gosta.

Lucas — Mais vale a decepção das derrotas do que o remorso de nunca haver lutado.
Um grande abraço.

Lucas,quero agradecer sua generosa entrevista e dizer que o Recanto fica feliz em te-lo por aqui!
Para você sua poesia e música preferida!
Que você tenha muitas alegrias e sucesso em sua vida!
Beijos,

             Anne


 POEMA DAS MÃES

Giuseppe Ghiaroni



Mãe! hoje eu volto a te ver na antiga sala
onde uma noite te deixei sem fala
dizendo adeus como quem vai morrer.
E me viste sumir pela neblina,
porque a sina das mães é esta sina:
amar, cuidar, criar e depois perder.
Perder o filho é como achar a morte.
Perder o filho quando, grande e forte,
já podia ampará-la e compensá-la.
Mas nesse instante uma mulher bonita,
sorrindo, o rouba, e a velha mãe aflita
ainda se volta para abençoá-la.

Assim parti, e nos abençoaste.
Fui esquecer o bem que me ensinaste,
fui para o mundo me deseducar.
E tu ficaste num silêncio frio,
olhando o leito que eu deixei vazio,
cantando uma cantiga de ninar.

Hoje volto coberto de poeira
e te encontro quietinha na cadeira,
a cabeça pendida sobre o peito.
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo.
Quero acordar-te, mas não sei se devo,
não sinto que me caiba este direito.

O direito de dar-te este desgosto,
de te mostrar nas rugas do meu rosto
toda a miséria que me aconteceu.
E quando vires e expressão horrível
da minha máscara irreconhecível,
minha voz rouca murmurar:''Sou eu!"

Eu bebi na taberna dos cretinos,
eu brandi o punhal dos assassinos,
eu andei pelo braço dos canalhas.
Eu fui jogral em todas as comédias,
eu fui vilão em todas as tragédias,
eu fui covarde em todas as batalhas.

Eu te esqueci: as mães são esquecidas.
Vivi a vida, vivi muitas vidas,
e só agora, quando chego ao fim,
traído pela última esperança,
e só agora quando a dor me alcança
lembro quem nunca se esqueceu de mim.

Não! Eu devo voltar, ser esquecido.
Mas que foi? De repente ouço um ruído;
a cadeira rangeu; é tarde agora!
Minha mãe se levanta abrindo os braços
e, me envolvendo num milhão de abraços,
rendendo graças, diz:
"Meu filho!", e chora.

E chora e treme como fala e ri,
e parece que Deus entrou aqui,
em vez de o último dos condenados.
E o seu pranto rolando em minha face
quase é como se o Céu me perdoasse,
me limpasse de todos os pecados.

Mãe! Nos teus braços eu me transfiguro.
Lembro que fui criança, que fui puro.
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta
que eu compreendo o que significa:
o filho é pobre, mas a mãe é rica!
O filho é homem, mas a mãe é santa!

Santa que eu fiz envelhecer sofrendo,
mas que me beija como agradecendo
toda a dor que por mim lhe foi causada.
Dos mundos onde andei nada te trouxe,
mas tu me olhas num olhar tão doce
que , nada tendo, não te falta nada.

Dia das Mães! É o dia da bondade
maior que todo o mal da humanidade
purificada num amor fecundo.
Por mais que o homem seja um mesquinho,
enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho
cantará a esperança para o mundo!

Aqui, alguns links onde podemos encontrar alguns livros de Lucas Durand.









7 COMENTÁRIOS:

chica

Adorei a entrevista e ver nosso querido amigo LUCAS lá do RL e que ainda nos empresta poesias, por aqui!

Muito legal saber mais dele. beijos,Parabéns! chica

Dora Duarte

Lucas esta tua entrevista está maravilhosa, especialmente pelos poemas, amei este: "A mendiga" me comoveu muito.Abraços

SanCardoso

Lucas,
Parabéns, pela sua excelente entrevista!
Lembrando a todos, que a sua magnífica obra, é cativante, por que ela prende a atenção do seu leitor(a) do início até o seu ultimo parágrafo.

Bem! Sou suspeita pq sou sua fã
de carteirinha! Kkk

beijos ternos,

SanCardoso

Lucas Durand

Caríssima Anne Liere... mas uma vez, meus sinceros agradecimentos pela divulgação de meus escritos. Seu blog está cada dia mais lindo.
Um grande abraço.
Lucas Durand

Anônimo

Meus parabéns ao Lucas pelo trabalho e bela entrevista. Beijos, Anne!

Edna Lima

Parabéns pelo meu conterrâneo. Mais um ilustre.
Poesias de grande valor.
Bjs. Edna.

LUCONI MARCIA MARIA

Anne o que eu perdi não tendo tempo de vir aqui! Que bela entrevista, adorei, e o poema a Mendiga nossa menina me emocionou e muito, depois este outro poema Mãe este me leva às lágrimas e em seguida o vídeo, nossa você quer me matar de emoção, tudo belo, parabéns e com certeza sou eu que perco e muito quando me atrapalho e não consigo vir, beijos Luconi

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