RECANTO
ENTREVISTA ANDRÉ LIMA OLIVEIRA
(Anne Lieri)
Primeira parte
Recanto- André, onde você nasceu? Conte um pouco de sua vida atual, familiar
e profissional.
André- Olá Anne, tudo bem? Muito obrigado pela oportunidade
concedida de mostrar um pouco mais sobre o meu trabalho e quem sou. Nasci na
cidade de São Paulo no ano de 1971. Sempre vivi aqui e gosto muito desta
metrópole sempre vibrante.
Com paixão pelo ser humano e na busca incessante por melhor qualidade de vida,
para que ela seja mais digna e humanizada, dedico boa parte do meu dia a
orientar pessoas para que elas saibam de verdade o que é tudo isso, que
cultivem valores reais e possam sentir a diferença que causa em suas vidas a
colheita dos resultados positivos decorrentes de uma mente e emocional equilibrados.
No desempenho dessa tarefa, ministro palestras, participo de workshops,
encontros e eventos relacionados com o assunto. Dessas vivências começou a
nascer o projeto do livro, com o objetivo de alcançar e poder ajudar ao maior
número de pessoas possível. O anseio estava lá, latente. Era necessário ainda
descobrir como por em prática, fazer acontecer. Graças ao bom DEUS que me
iluminou a mente, mostrou passo a passo o caminho para realizar este feito.
Como tudo, na vida cada acontecimento tem o seu porque. Nada acontece à
toa ou por obra do acaso. Não tenho dúvidas que tudo contribuiu para o
meu amadurecimento, crescimento e fortalecimento emocional, que se fazem
refletir na pessoa e no profissional que sou, com esta visão da vida, dos seus
aspectos práticos e dos mistérios que a circundam.
A vida nos conhece muito bem e ela já estava encaminhando devagar o encontro de
almas afins e hoje entendo perfeitamente o que isto significa e no que se
traduz. Quando conheci a minha esposa, ainda não tinha pensado em escrever o
livro.
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Trazia comigo, guardado na mente todo aprendizado da área da
Psicossomática (mente e emoção + sobrecarga acumulada com o tempo) adquirido na
vivência junto a uma equipe multidisciplinar para o qual trabalhei. Atuava no
despertar da consciência ajudando as pessoas a viver e conviver melhor. O foco
do trabalho era tratar da mente e das emoções conflituosas, estresse,
ansiedade, depressão, doenças psicossomáticas e promover qualidade de vida no
cotidiano e no trabalho. Depois com o tempo tudo foi sendo revelado e ela,
minha esposa, me ajudou bastante no período de construção do livro. Então,
perceba como a vida une para que certas coisas aconteçam. Que bênção que é
assim. Agradeço muito por conhecê-la e por tudo que tem feito nesta relação humana
de crescimento interior que só se traduz em coisas boas, soma e constrói a cada
dia.
Recanto- Como foi a sua infância? Fale um pouco dessa fase de sua vida.
André- Foi mágica, que fase bonita, cheia de vida...
Brincar é uma maravilha que deve ser explorada todo dia. Atividades lúdicas são
benéficas, mesmo na fase adulta. Eu brincava, aprontava (saudavelmente),
corria, nadava, subia morro, jogava bola, taco, empinava pipa... Enfim, tinha
espaço para desfrutar, explorar e liberdade para ser criança. Na infância
morei em um conjunto de casas - eram cem ao todo - e a molecada estava sempre
reunida. Havia um playground e todos os dias, lá, reunia-se um grande grupo de
crianças, amigos de infância. As mentes criativas e ávidas por aventuras
e diversão, já começavam a buscar o que fazer, organizar as atividades que
podiam ser desenvolvidas com o que havia disponível e de forma que todos fossem
incluídos. Logicamente que os pais estavam sempre atentos e
supervisionando tudo. Era uma agitação só - ao amanhecer, entardecer e
anoitecer... Brincávamos e nos divertíamos muito. Por isso, era até
difícil ir para a escola - essa que é a responsabilidade maior na
infância. Apesar de gostar, mas queria estar com a turminha. Eu não via a
hora de chegar em casa e ir para a rua, ou melhor, para o playground. Foi um
período abençoado, que com certeza me ajudou bastante na fase adulta para
driblar melhor as adversidades e incertezas do dia a dia. Que vitória passar
bem e saudavelmente sem ter me destruído e nunca entrado em
"roubadas" - do tipo drogas, álcool, cigarro e muito mais - que
acabam com a vida de qualquer um. Assim deveria ser para todas as crianças...
Se todos soubessem o quanto é importante vivenciar bem essa fase, desfrutá-la
sem querer adiantar o processo do tempo, do amadurecimento mental nem querer se
tornar jovem mais cedo, não desperdiçariam suas infâncias. Uma pena!
Lógico, que na fase adulta também deve haver essa alegria de viver e sentir,
mas as coisas paradas na mente, a sobrecarga das responsabilidades acumuladas
ao longo do tempo, às vezes impedem que isso aconteça. Então, o sofrimento
ganha espaço. Neste período deve ser explorado ao máximo a capacidade motora
para dar condições de mobilidade, flexibilidade e que mais tarde refletirá em
jogo de cintura frente à vida. A pessoa não fica tão rígida, tão fechada em si
mesma e geralmente a auto-estima tende a ser mais elevada. Ser sociável faz com
que perceba melhor o seu mundo e o do outro, e na infância já começa este
processo de compartilhar, unir, dividir, perder, ganhar, querer e muito mais...
Também muito importante é aprender a respeitar as diferenças e o outro. Isto
é se descobrir e crescer saudavelmente. Experimentar e descobrir, mas que seja
sem se destruir...
Veja onde adquirir o livro:
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André- Nossa, adoro falar do meu livro, é a minha vida... Como
já disse, ele nasceu da minha vivência profissional. Sentia uma grande necessidade
de colocar para fora o que sabia e poder ajudar as pessoas com o conhecimento
adquirido ao longo dos anos na área da Psicossomática. Via as pessoas sofrendo
na minha frente, sem entenderem os porquês e não podia ajudá-las, pois
barreiras impediam-nas de se abrirem para escutar o que tinha para lhes dizer.
Então me calava e guardava o ensinamento comigo, mas dentro de mim algo
incomodava e não sabia o que era. Mesmo que fosse algo de bom, sufocava. É o
efeito da somatização e ninguém escapa dessa lei universal. Veja que pelo ruim
ou pelo bom, eu com todo o conhecimento adquirido também sentia na própria
pele. Não era fácil - especialmente para as pessoas que tinham mais idade do
que eu e achavam que conheciam mais pelo próprio tempo de existência. Como popularmente
dito: com a idade aprende-se a viver. Então, acredita-se que com o passar
dos anos a pessoa seja o exemplo certo para seguir, encaminhar e direcionar, e
nem sempre é assim, pois depois que passa a conhecer os mistérios da mente
pensa diferente, vê diferente e sente diferente. Aí começa a intrigar em vários
aspectos. Mas, sei e entendo a dificuldade das pessoas, pois trabalhei e
trabalho com isto. Em geral, não têm a mínima noção do que é o mental e o
emocional, são desconhecidas de si mesmas e fica difícil a compreensão. Assim,
nasceu o livro para chamar a atenção das pessoas e graças a DEUS já está
chamando e fazendo toda a diferença para o amanhã... Foi por essa necessidade
que dei o pontapé inicial e comecei a colocar para fora o que conhecia. Pouco a
pouco ganhou estrutura e forma. Vi que realmente poderia sair um livro sobre o
assunto, e saiu. Quanto mais escrevia, mais aliviava o que sentia. Cheguei a me
dedicar e realizar em alguns dias 14 horas na construção do texto... Era uma
força incontrolável, inexplicável para fazer aquilo acontecer. Não me cansava,
já que trabalhava em algo que poderia servir para ajudar toda a humanidade.
Responsabilidade enorme! Tinha como companhia inseparável uma bela música sobre
anjos e sua proteção. Ganhara o CD de uma pessoa de quem nunca soube sequer o
nome e que tocava sempre ao longo dessa construção. Hoje entendo o que houve:
foi interferência divina para a realização dessa Obra Maior. Tenho plena
consciência de que mesmo com todo o meu conhecimento adquirido nos anos de
trabalho, sem dúvida alguma tem as mãos de DEUS na consecução dessa obra. Falo
que este livro, antes de ser de minha autoria, é primeiramente de DEUS. Que
bênção... Então, as pessoas deveriam se dar o direito de conhecer e ver o que
acontece de bom em suas vidas. Quanto mais vivenciarem o que o livro ensina,
mais terão uma vida viva, plena e digna em todos os sentidos. Ele leva para os
caminhos da verdadeira paz de espírito. Como gosto de evidenciar, apesar
de sempre remeter a Deus enquanto discorro a respeito e no próprio livro, o
mesmo não está vinculado a nenhuma religião. Exatamente por essa independência,
pode servir a todos, indistintamente. Entendo ser tarefa de cada um estabelecer
a própria relação com Deus, posto que é algo muito pessoal e particular.
Recanto- O sub título do seu livro é : “o caminho da transformação”. Qual a
finalidade dele? Tem receitas de felicidade?
André- É muito interessante quando nos atentamos a cada detalhe
da vida. Ela sempre nos dá vários avisos, sinais - manda mensagem de alguma
forma. Comunica-se conosco a todo o instante. Mas, para percebermos isso,
temos que diminuir um pouco o ritmo da correria do dia a dia, os excessos de
atribulações, preocupações, tensões, medos do presente, do futuro e do que for,
pois tudo isso sufoca, dispersa a mente, aflige, angustia e faz parecer que
nada nos foi mostrado. Vivemos presos às inquietações e continuamos a sofrer
sem entender o que Ela, a vida, quer nos ensinar a todo o instante para sermos
pessoas mais dignas, humanas e realmente espiritualizadas de verdade. Então,
veja que o sub-título é mais uma chamada para começar a despertar, transformar
e tentar fazer o caminho de volta para a harmonia. Não podemos mais continuar
desse jeito: desenfreados, enlouquecidos, sem medidas, sem controle, sem
equilíbrio... Estamos acabando com tudo - até conosco mesmos, destruindo-nos
pouco a pouco e parece que está tudo certo. Tentamos encontrar fora o que ainda
não foi encontrado dentro de nós. Damos muito valor ao material e a matéria
como sendo o nosso bem maior e patrimônio. Contudo, esquecemos que é questão de
tempo e nada disso seguirá em nossa jornada espiritual evolutiva. Gastamos boa
parte do tempo "maquinando" em nossa mente como ganhar mais e ter
mais. Porém, não investimos em entender como sermos melhores conosco
mesmos a cada dia na plenitude e no equilíbrio, no bem estar que vem da alma.
Tentamos a qualquer custo preencher o vazio que corrói o interior de qualquer
jeito, não medimos, não questionamos e seguimos cegos, confiantes de que a
matéria trará de volta o bem que tanto nos falta. Por isso que a chamada no
livro é forte e remete ao caminho da transformação. A cada passo a caminho do
entendimento, mais a mente abre-se. Quanto mais colocamos em prática, mais sentimos
a diferença e a força do interior. Essa é a real transformação, que posso
denominar como o caminho para a purificação do espírito. Libertar do peso da
matéria no dia a dia e começar a sentir o próprio valor, independentemente do
que se tem e da posição social ocupada. É o verdadeiro valor que vem da
Essência de Ser e não só do ter. É desprender do material como única opção para
tentar ficar bem. Somos infinitamente mais complexos do que imaginamos e
únicos. Por isso, não há receita universal. Gostaria que
existisse... Com certeza, seria muito mais fácil viver e conviver. Veja que a
receita é o alívio imediato e nunca a solução do problema. Pode ser a ilusão
que cega e impulsiona a acreditar que aquilo fará bem. Na verdade faz, só que
não dura. Depois some e volta a inquietação novamente, repetidamente. Mas
nunca tratará da Causa que Causa um Efeito. Não tem como... Agora, quanto mais se
conhece a si mesmo, mais está no caminho da felicidade. Isso é o que procuro
mostrar a cada pessoa que se envolve com o livro. Quanto mais lê, mais consegue
se entender e conhecer. Desvencilha-se do que paralisa e aliena em
relação a si mesmo, a vida e ao outro. Passa a se respeitar e amar mais e mais
a cada dia, expandindo ao redor.
Recanto- André, gostaria que falasse de alguns temas como você os aborda em
seu livro:
Depressão- Um mal silencioso que atinge milhares de pessoas, em
todas as idades. Todo ser humano, em alguma fase da vida experimentou ou
experimentará a dor da depressão. É a queda da energia, do entusiasmo, da
alegria pela vida e por viver. É o sentimento de auto-desvalorização, a baixa
auto-estima, a prostração, a tristeza, a apatia, a melancolia, o desgosto pela
vida... Mas, também pode acontecer no outro pólo: pela impulsividade,
compulsão, sem medidas, sem controle, abusos, inquietação, um sorriso falso
estampado no semblante, a ilusão de achar que pode fazer tudo e mais um pouco
ao mesmo tempo. É o descontrole de si, o mau funcionamento da mente, a falta de
equilíbrio. Lógico que no extremo em que acontecem mil coisas, é mais difícil
perceber e identificar a depressão. Ainda mais quando se está em uma posição de
sucesso, admirada pela sociedade. A depressão nunca deveria ser temida e mal
vista e sim, encarada com coragem, aceitação e muito amor. A partir desse
reconhecimento a pessoa pode voltar a abrir-se para a vida em busca dos porquês
e das causas que a levaram a tal estado. Pouco a pouco começa a libertar-se
desse mal silencioso e invisível, que acarreta inúmeras conseqüências negativas
e destrutivas. Diminui a resistência, desarma-se, e com certeza já é o caminho
de volta para ficar bem, ou pelo menos, melhor. Acredito que seja o que todos
querem na vida: viver bem. É o medo do julgamento, da discriminação e o pior de
todos, da rejeição, que fazem com que as pessoas se fechem dentro delas mesmas
e não consigam mais achar a saída de volta. Ninguém quer ser abandonado nem
olhado com indiferença. Então, faz de tudo para mostrar que está bem. Mas, a
vida não deixa nada escondido, é só uma questão de tempo. Se não
funcionou direito, vai ter que acertar mais cedo ou mais tarde. Por isso que há
tanta dor em todos os meios sociais e tanta destruição em todos os sentidos,
mesmo que a humanidade siga acelerada no progresso científico e tecnológico. As
diversas situações diárias estão aí para nos mostrar e chocar. É a falência da
família, das relações, das parcerias, e muito mais... É o lado destrutivo do
ser humano evidente que acaba com tudo sem ter tido a noção que destruiu e o
que destruiu. Em sua vaidade moral de ser bom, acredita que tem a mente boa e
uma coisa não tem nada a ver com a outra. Uma pessoa boa e de bom coração pode
ter a mente ruim e aí começa o mistério que intriga a raça humana. A depressão
em curtas palavras é o mau funcionamento da mente que não trabalha equilibrada.
Falo que a depressão é a dor da alma. Para essa dor não existe remédio que cure
a não ser o entendimento, o crescimento, fortalecimento emocional, o
desprendimento, a vivência e, o mais forte e poderoso de todos, conseguir atingir
a Essência de Ser e sem medo de ser e fazer por si mesmo. É a força do
interior, ou melhor, a força do espírito. E nunca, por mais que os anos passem,
nenhuma droga vai evoluir tanto a ponto de fazer essa mudança e transformação
particular e íntima, exclusiva de cada ser humano. É a única forma para o
espírito evoluir - não existe outro meio ou caminho. Então, veja que o medo da
depressão, pode impedir a libertação de uma prisão de anos e dos desvios.
Apesar de ser algo que desafia e faz sofrer, é talvez um aviso, um chamado, uma
mensagem da vida para o novo despertar e, principalmente, para resgatar a Essência
de Ser por meio do trabalho de construção da força e fibra interiores.
Inveja- Este também é um sentimento complexo e abrangente, que
atinge todo ser humano independente da idade, condição, classe social ou de
quem é. Como cito no livro, olhamos muito para fora e não conseguimos olhar
para dentro de nós - como estamos e o que sentimos. Passamos uma vida inteira
ausentes de nós mesmos. Somos eternos desconhecidos, mas conhecemos muito bem
os outros e o meio em que estamos inseridos. Encantados, iludidos, deslumbrados
nos perdemos e nem nos damos conta disso. E, ausentes, assim seguimos a jornada
terrestre. Não conhecemos o nosso universo interior e levamos uma vida toda no
abandono de nós mesmos. Por isso que a inveja é uma força incontrolável para
muitos, algo indomável e que não gostariam de sentir. Sensação ruim,
experimentada na "própria pele" quando não conhece bem a si mesmo. Tantas
pessoas não se aquietam, querem ter tudo que é do outro e nunca estão
satisfeitas consigo mesmas, nem tranquilas ou em paz. A vontade de ter algo que
é do outro é o que impulsiona e move para buscar as coisas. Lógico que tem um
lado positivo em querer ter e estar melhor, perceber que pode crescer
materialmente, etc. Mas, tem que medir como está tudo lá dentro. O sentimento
às vezes está uma tremenda bagunça, sofrido, um grande caos... Muitas vezes
invejamos alguém próximo e que tanto dizemos amar. Gostaríamos de ser igual
aquela pessoa em algum aspecto. Se for para o bem, do tipo uma pessoa íntegra,
honesta, ética e moral, aí sim, pode ser um bom caminho para espelhar e
trabalhar a favor, para crescer emocionalmente. Mas, às vezes olhamos a alegria
do outro, o sucesso material e nos incomodamos. Até nos afastamos por não aguentarmos
a cobrança do que percebemos que o outro tem e que nos falta. A
felicidade, o bem estar também tendem a incomodar muito quando o observador
carente, não encontra-se de bem consigo mesmo. A dificuldade de ficar perto e a
inquietação ganham espaço. Perceba que a tristeza ou até a depressão não
incomoda tanto como a alegria de verdade, alguém alto astral, de bem com a
vida. E assim dá para imaginar a dimensão pela parte do material, do corpo, do
status e da parte financeira, dá para se medir o quanto se desgasta, aborrece,
cria indignação, ressente e revolta. Isso é um pouco da inveja.
Autoestima- Pode ser classificada como baixa ou elevada. O
quanto aquela pessoa vibra dentro dela. Diretamente atrelada ao sentimento, as
sensações que desperta em si mesma e o que emana para o meio externo de bom ou
ruim. Diretamente ligada a autoimagem, como se vê e se julga, como lida com a
aceitação das coisas que passa no dia a dia, o quanto há de amor puro e
verdadeiro, o que desperta em si mesma, o respeito próprio, a admiração de ser
quem é, e o quanto se é livre emocionalmente ou detento, dependente, escravo de
si mesma. A mente pode tanto fluir - ser leve, flexível, bem gostosa - como
também pode ser pesada, sofrida, endurecida, resistente, adoecida e até
doentia. Como todo ser humano faz sempre o seu melhor, acredita que está
vibrando o melhor dentro de si. É muito complicado para a pessoa que segue sua
trajetória esta percepção do bem ou não, apesar de sentir na própria pele que
está bem ou não. A autoestima elevada está diretamente ligada ao bom
funcionamento da mente frente aos acontecimentos do cotidiano. Já a baixa
estima é o sofrimento mental, muitas vezes de situações imperceptíveis, ou até se
tem consciência de alguma parte, e mal resolvidas dentro da pessoa que arrasta
por anos e que não as coloca em ordem. A estima verdadeira é aquela que vem de
dentro, do universo interior, pela construção de uma estrutura mais sólida, de
crescimento e fortalecimento emocional. Já a que vem da parte externa nunca
será real, mas sim, uma situação temporária, passageira. Haverá sempre picos de
felicidade, alegria, entusiasmo, excitação, e intercalados com tristeza,
apatia, melancolia, angústia, desespero, aflição, inquietação quando algo não
acontece conforme o idealizado e esperado, pois não desenvolveu a fibra
interior para lidar e passar sem tanto agredir ou se abalar. Em qualquer
situação de perda, mesmo que ainda não tenha acontecido, seja do que for, há uma
inversão rápida para a baixa estima, volta àquele estado do que se era. Logo se
desequilibra, afeta negativamente e contamina tudo ao redor. Agora, se
realmente for confirmado à perda imaginada, aí complica o quadro que pode levar
até a uma grave depressão. O ser humano ainda muito materialista e pouco
espiritualista sofre muito com estas interferências e sempre acredita estar lhe
faltando algo. Por isso a busca incessante, muitas vezes desmedida e sem
controle algum. Ainda não se encontrou, não se aquietou, e não sente a força da
Essência, mas sim, a do material e da matéria. Então, as dores e o sofrimento
mental continuarão até o dia que aprender a fazer acontecer por si mesmo sem
desencadear no corpo físico e no meio que vive toda a insatisfação acumulada. É
como sentir o prazer de viver e o gosto de ser você mesmo com muito amor.
Fim da primeira parte.
Amanhã postarei a segunda parte dessa entrevista.
Não perca!
7 COMENTÁRIOS:
Gostei muito da entrevista!!!
Vamos aguardar a segunda parte então!
Beijos!
Bela entrevista e André falou e nos contou bastante, deu boa idéia do seu trabalho e vida! abração, sucesso! chica
Muito bom. Aguardando a segunda parte. Beijos
Ola Anne,
Pude conhecer um pouco mais o trabalho do André e fico no aguardo da segunda parte.
Abraços, Flávio.
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Ótima entrevista adorei conhecer o Andre e sua missão para ajudar os outros a se sentirem bem com a vida.
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