VIOLENCIA GERA VIOLENCIA
( Celina)
“Há muito me convenci de que
os homens não apenas se amam nos outros, mas também se odeiam neles”.
Goethe
Goethe
Hoje estou muito diferente, quando estou em sofrimento
seja pela perda de um ente querido, por doença em família ou mesmo em mim, ou
por palavras que magoam, eu me refugio no silencio, parece que a dor dói mais é
verdade, a oração e a fé em Deus que tudo passa!
Antigamente era diferente, o meu temperamento era
muito explosivo, não levava desaforos para casa. Não tinha paciência, só com
crianças e sempre quis ter uma família grande!
Inúmeras vezes passei por situações difíceis
defendendo animais, cavalos chicoteados, cachorros mal tratados e crianças
também.
Vou ilustrar contando um episodio lamentável. Certa
vez estava comprando alguns livros espiritas em uma loja no centro da cidade,
quando escutamos uma algazarra acompanhada de gritos de “mata, mata!”.
Eu fui olhar do que se tratava desobedecendo aos
conselhos das senhoras da livraria.Enfrente da livraria tinham dois postes, um
grande e um pequeno e um espaço entre eles, cheguei no momento em que eles
colocavam a cabeça do rapaz no meio dos postes tentando enforca-lo ou quebrar o
seu pescoço.
Era uma turba de loucos!
Quando eu vi aquilo, aquele horror, eu fui até o
moço e mandei que eles o largassem. Eles alegavam que era um ladrão e que iam
mata-lo! Eu gritei tanto que os assustei, dizendo: “ninguém toca nele!”. Fui
afastando aqueles que estavam mais perto, eles soltaram o rapaz.
O rapaz estava ficando roxo, sem folego, me sentei
no meio fio perto dele e disse ninguém vai tocar em você.
Então eu falei para as pessoas que na praça tinha
um posto policial e que ficaria com o rapaz até a policia chegar. Era uma cena
que chamava atenção de quem passava o rapaz deitado no chão e eu sentada no
meio fio perto dele, jamais esqueci aqueles olhos a me fitar, sem falar nada,
talvez pensando “sai daquela turba e vou cair na mão da policia!”.
Neste instante se aproximava um dos que estavam na
confusão com um soldado da policia, que ao se aproximar me perguntou: “É seu
filho?”, eu respondi “Não, é meu irmão!”.
Eles o levaram, os curiosos seguiram junto. Eu
voltei à loja para pegar os livros que comprei, as senhoras me deram agua com
açúcar e falaram todas ao mesmo tempo” A senhora podia ter morrido!!”.
Estas peripécias o meu marido nunca soube. O que
uma religião faz, nos modificando, agindo de forma diferente.
Paz Celina
4 COMENTÁRIOS:
Que texto Celina!
Eu sempre afirmo que uma religião somente possui valor se for para acrescentar valor a uma pessoa. Independente de suas teorias, se possam parecer absurdas ou não a maioria.
Realmente, manter o autocontrole não é fácil, principalmente em uma sociedade que adora ver um sangue jorrar.
Meus parabéns pelo texto e a Anne por ter compartilhado.
Texto forte, verdadeiro e faz muito pensar...E a violência atrai mesmo violência...beijos, às duas,chica
Purtroppo viviamo in un mondo pieno di odio ed egoismo, non so dove andremo se continueremo su questa strada!
buona serata a Te...ciao
Querida Anne
meu Abraço de Paz e bem!
Mãe do céu da terra e do mar
Por favor,
Ensina-nos o teu segredo
Do Teu Amor
Para que não tenhamos medo
De apreender Amar!
Meu abraço carinhoso para você!
Feliz dia das Mães!
Maria Alice
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