SUAVE ESTRELEJAR
( Meire Oliveira)
Ela
amanheceu estranha. Colocou os braços na beirada da janela e ficou olhando pra
fora, admirando o horizonte e o sol que clareava tudo a sua volta, mas mesmo em
meio a essa bela imensidão ela não conseguia se sentir bem, a garganta estava
cheia de nós.
Até que decidiu
virar a paisagem do avesso e ao invés de olhar pela janela se apoiou do lado de
fora pra espiar dentro. Nesse mergulho foi fundo, encontrou dores e medos que
encarou de frente. Ficou em carne em viva. Chorou, quis recuar e não olhar
mais, mas sabia que isso seria fugir de si mesma.
De
alguma maneira ela sabia que seu crescimento só dependia de seu querer
aprender, do seu colocar em prática as lições ensinadas pela escuridão. Porque
palavras são folhas verdes de uma árvore cujo o tronco são as atitudes. Uma
árvore sem tronco são apenas folhas secas, sem cor, caídas no chão. No outono
são lindas, mas só no outono.
No meio de todo breu, ela aprendeu a estrelejar seu próprio eu.
No meio de todo breu, ela aprendeu a estrelejar seu próprio eu.
Há momentos que o melhor a fazer é desacelerar.
Desligar a paisagem de fora para poder admirar melhor a de dentro. É
redescobrir a cor da vida redescobrindo a própria claridade.
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5 COMENTÁRIOS:
Aqui so encontro belezas minha amiga um show esse blog bjão!
Linda inspiração da Meire, neste redescobrir-se.Parabens a ela.
Grato Anne por linda ação de nos apresentar belas obras.
Meu abraço.
Bjo.
Parabéns pra Meire, criou um texto que deixa uma lição muito útil pra todos nós.
AHH, adorei essa parte: "virar a paisagem do avesso..."
beijos Anne.
Ótimo final de semana pra todos.
Ola Anne,
Obrigado! É só vir aqui e serenar, lendo os mais belos escritos! Adorei o texto da Meire!
Parabéns as duas!
Meire encanta demais sempre.Eta guriazinha danadinha de boa! beijos,chica
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