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10/10/2012

Fujona


Fujona!
(Clara)






      Minha mãe conta que quando eu era pequenininha e tinha que sair e me levar, era um Deus nos acuda! Eu sempre dava um jeito de me soltar da mão dela e sair correndo. E ela chamava, chamava e eu continuava correndo.

      Num desses dias, após virar a esquina de uma rua com uma descida enorme, larguei sua mão e saí em disparada! Ela correu atrás e não me alcançou. E logo mais adiante, tinha uma rua, que com certeza eu atravessaria correndo. Diz ela que ficou apavorada, mas parece que uma luz tocou-lhe: ela me chamou e gritou bem alto: - Tchau, vou embora! - e por um milagre, parei de correr, olhei para trás e a vi indo embora. Na mesma hora, voltei, chorando, desesperada por ficar sem minha mãe.

      Foi um alívio para ela! Mas se enganou quando pensou que eu tinha aprendido a lição.

      Sempre, sempre, ainda criança, bastava eu tomar banho e colocar uma saia azul marinho rodada, com bordados de fita na barra, que foi feita pela minha madrinha e que eu adorava, pronto! Lá ia eu fugir para a casa de minha avó que ficava no outro quarteirão. Quando mamãe se dava conta, já estava bem perto da casa.

      E mesmo depois de mais crescidinha, eu sempre sumia do nada! Ia brincar na casa de uma tia, que ficava na mesma quadra, com minhas primas. Lá era uma paraíso para mim! Pés de frutas diversas como jabuticaba, jambo, banana, goiaba, tamarindo e uma outra, de casca dura e por dentro o fruto verde, que parecia um veludo... como é mesmo o nome, gente? Ah, me lembrei: jatobá. Sem falar nas coisas gostosas que minha tia fazia, coisas simples, como o "fingido", que nada mais era a massa de pastel frita, mas sem recheio, que tomávamos com café.

      Mas isso é assunto para um outro post, porque que infância boa que eu tive!



Visite a autora: CLARA




6 COMENTÁRIOS:

chica

Clara danadinha,não? Bom vê-la aqui!! beijos,às duas,chica

Daniel Costa

Anne Lieri

Que poderá fazer senão sorrir das traquinisses de menina, de Clara. Por momentos a mãe andou certa, lição que não aprendeu.
E como ela contou bem! Ao texto soube alicar humor, nota máxima para ela.
beijos

Unknown

É a vida.
No final tudo dá certo.
beijos!!!

Marcos Mariano

Lembra de nossa infância é sempre um exercício prazeroso, quando se é criança o mundo é como p país das maravilhas de Alice, nem nos damos conta do perigo, também me lembro com saudade dos meus tempos de criança.

Abraços

http://rebobinandomemoria.blogspot.com

Ana Miranda

E as fugas hoje são para o passado...

É tão bom recordar, principalmente quando as histórias são tão carinhosas...

Clara Lúcia

Anne querida!!!!

Que delícia ler tudo isso!
Agradeço aos comentários todos, dando um beijo virtual em cada um.

Obrigada, mais uma vez!
Que seu caminho, que sua estrada, que sua vida seja cada dia mais iluminada e florida!

Beijos

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