RECANTO ENTREVISTA JANAINA CRUZ
(Anne Lieri)
Primeira parte
Janaina, onde vc nasceu e onde mora hoje?
Nasci no interior do Ceará, numa cidade chamada Juazeiro do Norte, no
Cariri cearense, mas há controvérsias, sinto-me nascida em outros lugares, precisamente
outros mundos... [[risos]]
Morei em muitas outras cidades, bebi de outros sotaques, outros
costumes, e me encontro novamente na cidade de origem, hoje cheia de
novidades... Quem sabe agora, eu não me sinta realmente em casa?
Conte um pouquinho de sua família e de sua infância para nossos
leitores.
Sou filha mais velha dentre oito pessoinhas que em nada se assemelham,
nem em pensamento e nem mesmo em ordem física, mas o amor sempre nos uniu de
forma confortável, afetiva e criativa.
Fui uma criança imensamente peralta, do tipo que apenas palavras não
bastavam, levei muitas palmadas e sei que mereci cada uma delas.
Comecei a ler escondido com seis anos de idade, era um livro de
Nostradamos, falava nas adivinhações até o período suposto do fim do mundo,
que seria em meados de Agosto de 1999 [lembro-me até hoje], e na época entendi,
porque os adultos liam escondido e comentavam baixinho o que tinham entendido.
Não posso dizer que foi uma travessura malcriada, pois depois desse livro, li
outros também proibidos como: O segredo da Borboleta de Toni Tucci, e tantos e
tantos mais...
Aos 12 anos eu já tinha um diário de sensações que escondia de baixo do
meu colchão, como era meio bagunceira, ninguém se importava se tudo estava meio
fora do lugar no meu quarto, por isso nunca ninguém o encontrou, ainda hoje o tenho
amarelado pelo tempo, mas dou muitas gargalhadas de minhas inocências e de
quanto fui adulta antes do tempo.
Também aos 12 ganhei meu primeiro concurso de poesias, era um concurso
que era realizado anualmente pelo colégio de minha infância, a minha professora
leu o meu poema e disse:
“Muito forte, não vai nem ser escolhido!”
E quando tirei o primeiro lugar, foi a ela que dediquei, embora a minha
fala tenha saído tímida e pouco eloquente... Tinha preparado um discurso, mas a
coragem foi menor.
O tempo correu e levou embora parte desse poeminha, mas dele ainda me
lembro essa parte:
Esse rosto no espelho, não o reconheço,
ficou preso nos espelhos do passado, o sorriso, o brilho no olhar será
devolvido, no rosto que será visto por um espelho do futuro.
Janaina Cruz
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Quando fazia faculdade de história, circulava pelos campos um
jornalzinho onde as pessoas escreviam poesias, receitas, faziam propagandas e
protestos, no final das folhas, havia um e-mail, em que poderíamos enviar
qualquer uma dessas coisas.
Meu primeiro casamento estava péssimo, e eu
precisava desabafar de certa forma, já que o tipo de coisa em que estava
vivendo, não se contava assim, sem mais nem menos, então transformei a dor em
versos, criei um codinome [Juliana Cruz] e mandei brasa, quando percebi que as
pessoas estavam gostando e se encontrando nos meus versos, fiz um blog, no
tempo em que fiz o blog estava lendo: O mundo de Sofia de Jostein Gaarder dei
ao blog o nome: O mundo de Juliana.
O casamento acabou [graças a Deus, vejam bem não estou querendo fazer
apologismo ao divórcio!] então pude assumir o meu nome real, fiquei feliz por
muitos motivos, assim poderia crescer não apenas educacionalmente, profissionalmente
e intelectualmente também [coisas que eram proibidas nesse casamento].
Tenho um blog com quase três anos, no começo postava criações desenhadas por mim, fotografias pessoais e poesias, o tempo passou e diminuíram as horas em que podia me dedicar a isso, então hoje posto poesias que amo, amo, amo fazer e algumas fotografias e figuras encontradas na internet.
Ele está aqui:
Essa é a primeira parte da entrevista com a autora Janaina Cruz.
Amanhã venha nos visitar e conhecer mais sobre a Janaina!
9 COMENTÁRIOS:
Janaina que bom conhecer um pouco mais de você.
Felicidades.
Beijos!!!
Anne amanhã estou de volta, fiquei interessada, beijos Luconi
Gostei do que li sobretudo da poesia inicial, e da professora o que falou, mesmo assim lhe foi dedicada... Tão importante ! Volto pra ler amanhã o final! beijos, às duas,chica
Muito bom esse trabalho do Recanto, eu também já fui agraciado algumas vezes e fiquei muito feliz. Bom conhecer um pouco mais da talentosa e bonita Janaína. Percebi algumas afinidades com a poeta, quando criança eu também lia coisas "estranhas" como Nostradamus, Freud, civilizações antigas e etc. Ao mesmo tempo viajava no mundo mágico de Monteiro Lobato, na ternura de Cecília Meireles e na timidez de Drummond, ou seja, era eclético. Só não levei muitas palmadas, só apanhei de miha mãe uma vez, mesmo assim ela batia mais na parede do que em mim. Até acho que merecia ter apanhado mais rs rs. Muito bom! Parabéns! As respostas da Janaína parecem poemas.
Anne, a-do-rei ler essa entrevista, a Janaína Cruz é muita verdadeira em seu depoimento, fala com o coração.
Espero pela continuação...
Aiiiiiiiii meu Deus, essa encantadora menina de asas me fez tão feliz! Agradeço a todos os comentários, foi um prazer dividir com vocês um pouco de minha vida, um pouco de minhas lutas, vitórias e descobertas.
É impossível não ficar emocionada relendo o que fui, e o que sou, vida transformada em relato.
Tua ideia é magnífica Anne, mais uma vez digo: Fez-me muito feliz, vou tratar de espalhar essa felicidade por onde passar.
Que Deus te abençoe imensamente.
Parabéns meu amor por toda a sua trajetória de vida, e o que ainda há por fim, sempre estaremos juntos...
Parabéns também a Anne Lieri por esse blog que fomenta a cultura de qualidade ...
Parabéns blog muito bom, adorei, bjos,
minha primeira vez aqui
muito lindo
amei sua entrevista Jana
lindo feriadão bjs
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