TERRA MINHA
(Luna di Primo)
Guardando minhas lembranças,
bem dentro do coração;
vou seguindo nas festanças,
bem longe do meu rincão.
Ah, saudade do meu campo,
onde tudo era gigante.
Cabelos soltos sem grampo
E o olhar todo importante.
Comia fruta fresquinha.
Tinha banho de riacho.
Perto não tinha vizinha,
para encher boca do tacho.
A cachoeira ali perto,
não parava de cantar.
A passarada por certo,
sempre vinha acompanhar.
Era dia, dia e noite;
junto com amigo vento
que trazia seu açoite,
ora rápido ora lento.
E a vida assim seguia.
Do brejo vinha a verdura,
Do rio vinha uma enguia.
Era alimentação pura.
O monjolo trabalhava
a preparar fresco grão.
O calabouço banhava
crianças e plantação.
A garapa tão fresquinha,
como era o dia a romper...
A natureza todinha
Falava em alvorecer.
Roda d'água que rodava
os encantos e os sonhos;
o são josé que banhava
doce perfume risonho.
O dia a ir sossegado.
A tarde que vem docinha
com a tacha de melado.
- Ahh, saudade terra minha!
Visite a autora: Luna Di Primo
5 COMENTÁRIOS:
Un gusto enorme pasar por tu gran blog, saludos y éxitos, te invito de manera cordial a que visites el mío y leas el último poema que publique ahí, se titula “Ciudad Superficial”, es un poema triste pero hermoso al mismo tiempo.
Maravilha ler a Luna,SEMPRE!! beijos às duas,chica
Que delícia de ler!
Adorei a parte:
"Perto Não Tinha Vizinha,
Para Encher Boca Do Tacho."
rsrsrsrs bem assim mesmo!
Uma deliciosa lembrança da qurida Luna, com toda força da sua poesia. Os elementos surgindo nos permitindo um voltar a um tempo de feliz idade. Eu vivi e conheci cada passo desta inspiração e assim me banhei no riacho e fiz minhas preces ao Gloriso São José quando a terra clamava por chuva.
Linda construção da poetisa Luna e voce trouxe com bom gosto Anne.
Um abração mineiro para voces duas, com toda minha admiração poetica.
Bjos
Nada melhor do que viver em contato com a natureza!
Beijo!
Postar um comentário