MUITO BOLO E GUARANÁ
(Luconi)
Debruçada na varanda,
vejo a vida acontecer,
o olhar triste da criança,
bem difícil de esquecer.
Todo dia aquela hora,
ela vem para vender,
amendoim e paçoca,
para quem quiser comer.
Seu sorriso é um encanto,
sua humildade cativa,
sua fala inocente,
atraí a toda gente.
Este menino tem sonhos,
que não se atreve a falar,
queria poder ser criança,
igual aquelas lá.
Aquelas que depois da escola,
vão para casa brincar,
na hora do lanche,
tem bolo, tem guaraná.
A mãe delas não chora,
a dor que a fome traz,
nem a dor de ver seus filhos,
sem sonhos para embalar.
É feliz na hora da escola,
faz de conta que é igual,
tem criança para brincar,
tem recreio com merenda.
Depois a realidade,
de trabalhar é hora,
deixar de ser criança,
ser adulto fora de hora.
Ás vezes se revolta,
mas a mãezinha querida,
lhe abraçando diz,
tudo vai melhorar.
Você ira estudar,
as portas vão se abrir,
e quando menos esperar,
seus sonhos realizará.
Sim ele acredita,
tem se agarrado a isso,
neste dia haverá,
muito bolo e guaraná.
Visite a autora: Luconi
5 COMENTÁRIOS:
Essa poesia da Luconi além de linda é tocante! Adorei! beijos às duas,chica
Olá, meninas
É impressionante como as crianças esperam o seu bolinho e guaraná no níver delas!!!
Semrope tive o costume de fazer pros filhotes e agora pros netinhos...
Creio, piamente, no poder da auto estima desde novinho...
O menino que ilustra a poesia está tão feliz com o seu bolinho na mão... Parece até nem precisar de mais nada e nem almejar coisa alguma... Lindo demais!!!
Parabéns às duas: uma por postar e a outra por compor!!!
Bjm de paz e bem
Poesias lindas as da Luconi.Triste realidade para as crianças desse Brasil e mundo.
Amiga Anne
Interessante poema da especialista Lucone. Naturalmente, um retrato social que bem traçou em poesia.
Beijos paras ambas
Parabenizei a amiga por este belo olhar com poesia.
Lindo vê-la aqui Anne.
Linda semana e meu terno abraço.
Bjo.
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