Chá
(Ana Bailune)
Chá de maçã com pouco açúcar,
Torradas com manteiga e mel...
Pela janela, um pedacinho
Uma nesguinha azul de céu.
De gole em gole, sorvo o chá
Que tem um gosto de passado,
No fundo da xícara, memórias
Com o açúcar cristalizado.
Licor de chocolate; um trago,
O friozinho pela fresta...
O crepitar do fogo, as chamas,
Dançando na lareira, em festa.
Passa por mim a vida inteira
Entretecida aos fios de lã
Da manta que me agasalha
Enquanto eu mordo uma maçã.
No corredor, o tique-taque
Quebra o silêncio dessa tarde.
A casa viva me vigia,
E eu adormeço, eu adormeço...
Nem mesmo sei se é de verdade
O chá, o mel, o chocolate...
Na sonolência eu me esqueço...
Até que um cachorrinho late.
Visite a autora em seu blog:
7 COMENTÁRIOS:
Quer coisa mais linda? Adorei esse poema, aliás, mais esse da querida Ana! beijos às duas,chica
Adorei este poema que mais parece um
carinho assim como um abraço de saudade numa tarde de frio,,,
parabens Anne para as duas vou visitar o blog desta amiga amei o poema bjs marlene
Pura emoção, estou cá emocionada por demais, que doçura de poetar, que delicadeza em cada letra, formando emocionantes palavras, deixando meu coração todo poetizado, encantado.
Que pessoa linda é Ana Bailune, estou indo rapidinho lá visitá-la.
Lindo Anne, beijinhos no coração.
Uma doçura de poema, combina bem ao cair da tarde sobre um véu colorido avermelhado e em boa companhia.
Visitarei a autora.
Abraço
A Ana conseguiu trazer um gosto de chá especial com a delicadeza de suas palavras!
Beijo
Obrigada, Anne. Obrigada a todos!
Que linda tradução da solidão feito pela Ana com toda aquela sua arte em poesia.
Aplausos à Ana.
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