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08/11/2013

O gesto devagar que não passa

O gesto devagar que não passa

(Nonato Costa Filho)




“A vida é pequena para acolher muita alma
que cabe no abraço infinito da vocação da flauta
que transborda dos detalhes
da valentia do jardineiro mensageiro
do palco da eucaristia missionariada.



O amor que fazemos é tão pouco
diante da franciscanidade do mar.
Tanta misericórdia para se acalantar
nos  abandonos dilacerados nas calçadas.



Não seja como a tristeza que veraneia dentro
e vai embora como chuva de verão.
Ela apenas bate a porta da retina
mas não merece entrada,
porque passa.



Seja como a ternura vocacionada
que deixa pétalas de amorear devagar
na casa pequena do sertanejo,
por causa da feição do rosto que não passa.



A vida fez teatro para alegorizar
a chegada da eternidade.
Ausenciar o aborto desabrigado
do infanticídio ateu
para humanizar a criminologia
da teologia do orvalho teu.



De gesto é feito o branco do significado.
Infinito do dia do acalanto
que cabe em cada história reinagurada
pela visita do talento de Deus
que fez balé do quintal da mansidão.



Grama na janela dos pés
para passarinhar na espera da oração
o proclama do sorriso do céu de novo chão.



Aqui dentro acontece a serenidade dos nossos filhos.
Prece que fez herança na chegada do sacrário
que entardeceu o rio inteiro do imenso mar da misericórdia,
vocacionando as casas da doação do carisma.



A escada que a igreja jardinou nas tuas mãos
é o novo sentimento do pássaro
que a bailarina acolhe com clemência
no vazio com saudade dos dentes
que fez casa no outonar do coração
para o gesto da tarde do altar do amanhecer,
que refez palco no rosto do missionário.



O perdão que aprendi com o teu olhar
interrompido do infanticídio do ateísmo
nasceu uma sensibilidade de barco
que fez açude na função de viver do poema.



Marear em cada gentiliza jardineira
que doou estrelas de acalantar
dos retalhos reinaugurados por Deus,
para você sentir o invadir da asa que cura
o escuro que habita na alumiação da máscara
para a hora do verso inundar a cidade
da jurisdição do direito fundamental
da tanta eucaristia no coração.”



Visite o autor em seu blog:


5 COMENTÁRIOS:

chica

Parabéns aos Nonato! Lindíssima poesia!! abração aos dois,chica

Ana Bailune

uau! Ele tem um estilo bastante elegante! Gostei.

Anônimo

Anne! A poesia de Nonato ficou deslumbrante. Calma, serena e nos fala ao fundo do coração. Beijo!

Célia

Fantástica Poesia, Anne! Bela escolha!
Farei visita ao autor!
Abraço.

Toninho

Uma ótima apresentação Anne, a passagem que fala do Perdão é fantástica.
Parabéns ao Nonato.
Abraços amiga.

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