Estendo
(Manuela Barroso)
Estendo as mãos abertas
procurando lugar vazio
na noite de sombras incertas
silencio o tempo que voa
por entre espaços escondidos
onde o meu corpo é a proa
canto imagens em colcheias
fundindo-se em movimentos
nas ondas de maré cheia
as nuvens cor de marfim
são a luz que me
encandeia
e brisa que pousa em mim
Como lava incandescente
cuspida de um vulcão
agora é água do rio
que cai mole na planície
se espraia no coração
E ficarei até à aurora
florirás no meu orvalho
enquanto o sol demora.
Visite a autora:
7 COMENTÁRIOS:
Manuela é intensa e suas inspirações muito lindas! beijos às duas,chica
Manuela Barroso brinda-nos com um poema muito interessante, e mesmo um poema de luz. Podemos dizer que evoca, no último terceto, uma tradição muito portuguesa inspirado no Santo António de Lisboa: "florirás no meu orvalho"! Se pensarmos na célebre alcachofa, cuja flor se queima, numa fogueira ao santo. Depois deixa-se ao luar. Se voltar a florir, o casamento com o atual namorado será certo.
Beijos para a divulgadora e divulgada.
Boa tarde, Anne.
Poesia intensa, muito bonita e que traduz sensibilidade, uma leveza, um encontro perfeito na derme do amor.
Parabéns pela escolha e também pela inspiração da autora.
Tenha uma semana d e paz!
Beijos na alma.
Querida amiga Anne
O seu coração de menina voadora, voou até ás profundidades onde navegam as palavras. Parei nas margens para ver este barco estranho, que me leva não sei onde, tantas vezes. Não são mais que catarses que partilho com carinho no blog.
Muito obrigada pelo seu gesto de enorme sensibilidade e simpatia como de resto, todos nós sentimos e sabemos.
Abraço com carinho
Mensagem muito boa! Parabéns para Manuela.
Abração.
Querida Anne
Muito obrigada pelo magnífico e poético voo que nos proporcionou nas asas encantadas da minha muito querida amiga Manuela Barroso.
O seu modo de expressar leva-nos a outras paragens onde o sonho se faz presente.
Parabéns, querida Manu, a tua poesia eleva-nos!
Um beijinho
Beatriz
Postar um comentário