Cavaleiro do amor,
que vestes são estas,
tão simples e surrada?
São as vestes que uso,
para aconchegar-me entre os homens,
tratar de suas feridas,
oferecer-lhes meu ombro.
Mas e as lágrimas que vejo?
É a minha dor,
pois até os humildes me escorraçaram,
dizem que não tenho onde cair morto,
que ajuda poderia eu dar-lhes.
E os favorecidos da sorte, já tentaste?
Ah meu amigo,
alguns me chamaram de louco,
outros de oportunista da dor alheia,
outros simplesmente me ignoraram.
E agora cavaleiro, que rumo segues?
Vou procurar entre ricos e pobres,
àqueles que de tanta dor,
anularam o seu materialismo,
abrindo-se para o amor.
Será que conseguirás?
Infelizmente amigo, só com real sofrimento,
a maioria dos homens conseguem
anular o seu orgulho, egoísmo e vaidade,
tornando-se solo fértil para a semente do amor.
Assim tão belo cavaleiro segue seu rumo,
nenhuma palavra a mais disse,
as lágrimas desapareceram,
os olhos agora brilham,
de esperança e fé.
Publicado no Recanto das Letras em 04/07/2009
Código do texto: T1682270
2 COMENTÁRIOS:
Muito bonito ficou seu Poema e a mensagem é muito importante para esse mundo cheio de desamor. Gostei muito.
Luconi,que maravilhosa poesia sempre falando do amor entre os homens!Ficou demais esse cavaleiro!Bjs,
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