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07/10/2012

Risos que dissolvem dúvidas


(Bergilde Croce)






Qual é a coisa é mais importante para um pai fazer seu filho entender?

A sociedade oferece um vasto elenco direcionando quase sempre aos aspectos de saúde,beleza,dinheiro,sucesso como importantes realizações para a vida.Não é minha intenção discutí-los.Reforço que aqui estou apenas expondo meus pensamentos,idéias e reflexões diante do que vejo e principalmente do que tenho vivído.Um diálogo comigo mesma,procurando interagir com quem quiser também expor o próprio ponto de vista que não precisa e nem deve ser igual ao meu. 

Tornando ao ponto de partida:   

Uma das minhas maiores preocupações como mãe é a dúvida  que tantas vezes tenta dominar meus pensamentos.A dúvida se estou dando realmente o melhor de mim para meus filhos,se tenho feito o bastante para fazê-los felizes agora,se dedico a eles o tempo merecido,se meus 'nãos' estão indo além do devido,mas qual é o limite?Há tanta informação e exemplos positivos de como educar os filhos,a literatura sobre o assunto é muito vasta e até reality shows televisivos com psicólogas,psicopedagogas travestidas de babás inventaram com a finalidade de orientar as famílias com dificuldade na educação dos filhos, porém acredito que cada situação é única,o contexto familiar difere de uma criança para outra e modelos de comportamento são apenas modelos porque o que serve para mim pode não servir para outra pessoa.São exemplos e são válidos,mas devem ser percebídos como tal .Sei que não sou a única a se sentir assim.Escuto muitas vezes a frase...
'isso acontece ou acontecia também comigo.'Até que conforta..Dois fatos ocorridos no mesmo dia:

No parque depois do sanduíche  e das frutas que comemos vem a menina dizendo que o irmão está com o 'escapamento furado'. 

-Foi papà quem disse porque é assim que acontece com o dele também.
-Na minha terra isso é conhecido com outro nome disse eu, e haja risadas de volta pra casa.
Antes de dormir fiquei quase zangada com os dois por conta do horário.O pai já tinha contado duas estórias,feito a oração, dado o beijinho de boa noite e fechado a porta do quarto,mas segundos depois:-Mamma,mamma,mammina... e lágrimas nos olhos para atingir em cheio meu coração!Eu disse finalmente:-Parem!Eu amo vocês,mas agora basta e vão dormir porque mamma e papà estão cansados e também precisam repousar! Já não temos mais toda essa energia de vocês!Eis a resposta imediata dela:- Se quiser te dou um pouquinho da minha.Aí não teve como não mudar minha atitude.Prova real desse amor que nos liga profundamente.Momentos como esses que me dizem que as crianças sabem o seu significado muito mais e melhor do que nós adultos.Elas compreendem isto com a simplicidade que a nós pode faltar porque estamos sempre preocupados racionalizando tudo. Nesses momentos de ternura e cumplicidade em que deixamos fugir as regras e nos deitamos os quatro na cama grande fazendo bagunça até que um comece a soluçar de tanto rir e tenhamos mesmo que parar.Coisas pequenas,corriqueiras,como um sorriso e um abraço pego de surpresa sem nenhum motivo específico.A disputa pelo último pedaço da pizza mais gostosa do mundo porque foi feita pelo papà e que no fim um acaba renunciando e dele vai ser o pedaço maior da próxima vez.

Só assim acalmo meu coração e me sinto realmente abençoada porque vejo o amor em ação através de meus filhos.Eu tenho fé e sei que não estou sozinha nessas horas em que quase me sinto vacilar nas minhas próprias convicções.Regras existem para serem cumpridas,mas como pais necessitamos mais do que qualquer pessoa reconhecer os limites de nossa própria tolerância.


Visite a autora: BERGILDE



4 COMENTÁRIOS:

chica

Gosto muito da seriedade com que Bergilde trata os assuntos e sempre com uma grande preocupação como mãe e educadora!! Bom vê-la aqui! beijos às duas,chica

Ana Miranda

Um dos papéis mais difíceis que cabe a nós, mulheres, é exatamente o da maternidade.

Ser mãe não é, nem nunca foi, tarefa fácil, mas o amor que sentimos por nossos filhotes ajudam-nos a fazer o papel de "advogadas do diabo" nas vezes em que preferiríamos deixar para lá, não dar aquela bronca...

Mas reconheço que foram as broncas, o desgaste de sentar e conversar, os "nãos" ditos com dor no coração, mas muito bem ditos, que fizeram meus filhos serem hoje as pessoinhas maravilhosas e éticas que eles são!!!

Às vezes é bem mais fácil dizer "sim", mas quando não impomos limites aos nossos filhos, o mundo, de forma cruel, imporá. Melhor, então, que o façamos com amor.

Belo texto!!!

Gosto de suas escolhas, Anne!!!

Bergilde

Só posso agradecer a você Anne por isso aqui.Abraço amiga!

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS)

Papéis difíceis, mas importantíssimos!
Beijocas!

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