Timidez

Timidez

(Poeta cigano)

Na pracinha, num banquinho eu chorava,

Chorava um choro, que não queria parar,

Torrenciais lágrimas, do mais puro amor,

Porque em meu peito, morada fazia a dor,

Quando a via, sem me ver, por ali, passar,

Uma angústia, se debatia em meu interior!

Transitavam por ali, pessoas, a toda hora,

Indiferentes, nem me viam e, iam embora,

Eu, apenas era, só mais um desconhecido,

Não correspondido amante e, entristecido,

Que, naquele banquinho, estava a chorar,

Lágrimas de amor, em silêncio, escondido!

Muito tímido, medo tinha de me declarar,

Temor de ela me ignorar e não me querer,

Ao meu sentimento, dizer não e, rechaçar,

O seu coração, não desejar ali me receber,

De ela ao olhar nos meus olhos e me falar,

Que não me amava e não ia me pertencer!

Mas esperanças tinha que olhasse pra mim,

Por isso, estava eu sempre presente, por ali,

Esperando-a que fizesse meu coração sorrir,

Meu pranto calando, atendendo meu sonhar,

É, mas, a timidez, não me deixava conseguir,

Por isso, até hoje, me vejo eu sentado por lá!!!!!!!

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Poeta Cigano