Prova de fogo familiar
(Norma Emiliano)
O nascimento de uma criança traz à família um renascimento de
emoções que permanecem no âmago dos seres humanos.
A vida adulta, muitas vezes, traz tanta responsabilidade e
compromissos que nos levam a não prestar mais tanta atenção ao entorno, a
deixar a curiosidade e pureza do olhar esquecidas.
A criança entra numa história e promove outros contratos
(explícitos e implícitos) entre os membros familiares, pois elevam a uma outra
categoria todos os envolvidos, desde o casal que se transforma em pais, como o
irmão de cada parceiro em tio e os pais em avós. Parece simples?
Alguns dizem que passar por essa fase na família é simples, que
o amor e a solidariedade vencem todos os obstáculos. Será que é assim?
A criança causa grande impacto na relação do casal, pois promove
grandes mudanças no cotidiano.
Cada
família é única em seu funcionamento e cada uma vai responder às novas tarefas
de forma muito específica. Não há uma receita para esta convivência.
Nesta
dança relacional há que se observar que a criança está no meio de duas
famílias: a que pertence à mãe e a que pertence ao pai. Isto significa
diferenças de valores e atitudes. O estranhamento é comum e este começa na
formação do casal, no entanto o nascimento do primeiro filho o acentua.
É importante que a criança seja amada e cuidada, que reconheça
seus avós e suas formas de ser.
Mas para tal é necessário que a convivência
possa ser minimamente tolerável entre todos, principalmente entre o casal que
não pode exercer unicamente a função de pai e mãe.
Cabe aos pais educar os seus filhos, serem autoridade primeira e
aos avós e tios poderem se aproximar demonstrando seu afeto e solidariedade.
Isto significa fronteiras demarcadas com grau suficiente de tolerância para as
possíveis diferenças de pensamentos sem interferência na autoridade paterna.
A criança é o renovar da família e o brilho do entardecer dos
avós, no entanto exige um grande investimento de adaptação familiar.
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9 COMENTÁRIOS:
Anne! A criança nos ensina, inclusive, a sermos poetas. Beijo! Renata
Muito legal ver a Norma e essa poesia aqui! bjs às duas! chica
Bom dia!
Excelente texto sobre uma questão delicadíssima.
A criança vem para unir a família, e jamais deverá servir como fator de desunião devido ao egoísmo e a incompreensão em forma de disputa.
Abraços!
Uma poesia que fala sobre o nascimento de uma criança.
E quanto nos alegram,quando elas chegam com seus sorrisos brejeiros,chegam para unir e não desunir uma família.
Eu sou muito feliz com meu neto,que nos alegra todos os dias com sua graciosidade de criança.
Linda poesia dessa amiga Norma.
Bjs Anne.
Carmen Lúcia.
Oi Anne
Grata por compartilhar meu texto e participar da celebração dos 5 anos do meu espaço. bjs
Olá, querida Annes e Norma
Muito bonito o que ela diz, com firmeza, pois exercendo a profissão que recebeu por vocação, vive muitas experiências enriquecedoras... compartilha conosco e nos engrandece à alma...
'Minimamente tolerável'... palavras dela que recorto para dar ênfase ao que é uma família...
Tem umas que estão aquém deste pensamento tão salutar....
Bjm fraterno de paz e bem às duas
Ao nascer uma criança nasce em nós o amor, a vida, o renascimento, o saber e o espiritual. Amei. tem dica de livros no blog ve ver a alegria da Alice?
Anne
Em principio, uma criança chega para alegrar o casal. Depois em segundo plano está a alegria dos avós, depois os restantes familiares. A experiência dos avós deve funcionar sempre no bom sentido.
Depois é esperar o apelo do sangue, por parte da criança.
Bom assunto, o escolhido, por Norma Emiliano.
Beijos
Oi querida as crianças sempre nos ensinam...Lindo teu blo para passear por ele...
Abraço carinhoso e apareça.
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