Biografia de um poeta
(Ernesto Vita)
O poeta Ernesto Vita, natural de Cacuaco,
província de Luanda em Angola, encontra-se há quatro anos no Brasil
trabalhando, estudando e fazendo poesias, principalmente com as lembranças de
sua terra e de sua gente. Formado em Geografia e História em Angola e em cursos
técnicos no Brasil, tem como meta principal desenvolver a escrita, que é a
forma de arte com a qual sempre se identificou.
Vita faz parte da
primeira geração de poetas pós-revolução colonial de Angola em 1975; portanto,
não viveu os horrores da guerra, porém, participa ativamente da reconstrução ou
formação de seu país, que conta apenas com 38 anos de independência. Um país
que tem de se reinventar e se reconstruir a partir de duas guerras: a colonial,
pela independência, e a civil para se firmar como nação soberana.
Ernesto Vita tem como
referência a atuação de Agostinho Neto, o herói revolucionário de Angola e
também poeta, que cantava as dores de seu povo. E observa-se em sua poesia um
mourejar melancólico. Primeiro por uma saudade inaudita de sua terra; depois,
como na poesia de Agostinho, por uma preocupação social com seu povo que luta
bravamente por reconstruir seu país depois de uma devastadora guerra
fratricida.
Sabemos que um escritor está em consonância
com seu tempo e uma das situações em que o poeta se debruça constantemente é o
drama da falta de oportunidades de sobrevivência por que passa sua gente. Esse
drama faz com que jovens deixem a terra natal em busca de oportunidades que não
encontram lá. Entretanto, nosso poeta convive com a pretensão de breve retorno,
levando consigo as experiências adquiridas no Brasil. O poeta angolano admira a
gente brasileira, que também labuta, a despeito de uma classe de políticos que
pouco atua em benefício do povo, quadro que, segundo seu pensamento, se
assemelha à situação de Angola.
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6 COMENTÁRIOS:
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Que linda biografia e trabalho! beijos,tudo de bom,chica
Lindo trabalho.
Parabéns amiga Anne.
bjs
Carmen Lúcia.
Olá, Anne.
Esta também é amissão do escritor e do poeta: mostrar o que está submerso na história das pessoas.
Anne
Como fiz comissão na guerra colonial em Angola, uma vez passei por Cacuaco. Como estou muito agregado ao movimento literário da Lusofonia, me permite saber que Angola, sobretudo através Brasil, está a projetar muito os seus escritores. Como a literatura promove um povo,
aquele país de inúmeros recursos matérias, virá a impor-se.
Beijos
Um trabalho que merece todo apoio, pois é muito desgastante, e ao mesmo tempo, traz a sobriedade de quem sabe fazê-lo e fazer com pertinência. Belo enfoque.
Abraço.
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